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sábado, 31 de outubro de 2009

Cape Canaveral



Quarta-feira passada a gente foi para Cape Canaveral (cidade que tem a NASA, lançamentos de foguetes), aqui perto de Orlando, uns 45 minutos de carro. Fomos para um tipo clube de pesca chamado Jetty Park, com praia. É uma das praias mais próximas de Orlando, a gente sempre acaba indo pra lá.



O parque cobra 10 dólares para entrar de carro, por dia e 35 dólares para acampar (diária). A gente já acampou 1 vez, mas não faz muito sentido quando se mora tão perto. O bom de acampar lá é que dá para beber todas a noite e não precisa dirigir depois..




Esta é a loja de conveniência, onde a gente comprou algumas cervejas..





Como este parque é fechado, do tipo meio resort, balneário, é permitido tomar cerveja na praia. Não me lembro de nenhuma praia por aqui, na Flórida que pode tomar cerveja sem ter que esconder nem nada. Eles vendem em uma lojinha de conveniência dentro do parque cervejas em lata (garrafas de vidro não são permitidos). 2 dólares a lata pequena e 2,50 a grande. Bem barato para ser aqui na Flórida. Em Cocoa Beach você acaba pagando uns 5 dólares incluindo a gorjeta e imposto.

Ir para a praia aqui não é que nem no Brasil. Não tem vendedores ambulantes, sujeira na praia, barulho e quiosques. Não tem nada além da praia. É levar a cadeirinha e sentar, assistir a paisagem e os turistas aposentados andarem de um lado para o outro com os netos. Bom para descansar. Mas a gente acaba descansando até demais, de dar sono..





Em todo caso foi ótimo para pegarmos uma corzinha antes do inverno chegar (ainda tá beirando os 30 graus Celsius, mas quando esfria é de uma vez..).

Este parque deve ser bom pra quem gosta de pescar. Tem toda a infra-estrutura, vendem iscas vivas (camarões), equipamentos, etc.





Alguém fez esta escultura de areia, um tubarão de boca aberta.




Não sei porque, apareceu este submarino, achamos que é da marinha.
Os turistas só que tiravam fotos e acenavam para os tripulantes..



Tem estes cruzeiros por lá, com cassinos para gastar todo o seu dinheiro em apostas.
Alguns deles são de graça para fazer o cruzeiro, mas nunca fomos..

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

São José do Rio Preto



Após umas 10 horas de viagem de ônibus, de Curitiba a São José do Rio Preto chegamos, eu, o Franky e minha irmã.

Era dia 10 de janeiro, hora de arrumar a bagunça, lavar as roupas, limpar as barracas, sacudir a poeira..

Em Rio Preto não se tem muito o que fazer. Eu morei quase a vida toda lá, sei exatamente como é. A gente ficava pratecamente comendo e bebendo o tempo todo, nada para fazer, o Franky lendo deitado na rede. Inventamos de jogar um pocker improvisado, era mais pra descansar mesmo. Minha mãe teve até que preparar sagu e rabada, coisas que eu não comia fazia um tempão e o Franky não gostou muito..

Alternávamos metade do tempo na casa dos meus pais, metade na chácara deles ali perto, em Guapiaçu. Fizemos várias vezes churrasco com picanha gorda, muita caipirinha e cerveja. Visitamos alguns amigos, assistimos televisão, fui ao médico fazer alguns check-ups (nos EUA é bem mais caro).


Franky e as jacas da chácara


Tem vários beija-flores lá

Fomos comer sushi, pizza, esfiha do Kiberama no Shopping, etc. Visitamos o bosque municipal, uma das "7 maravilhas de Rio Preto", hehe..


Bosque Municipal de Rio Preto




E assim passamos o restante da nossa viagem no Brasil, ficamos 12 dias em Rio Preto. Até estávamos pensando em fazer uma última viagenzinha rápida, mas tava chovendo e a gente estava muito confortável na casa dos meus pais, sem precisar se preocupar com camping, no que a gente ia comer, etc.

No dia 21 de janeiro era hora de voltarmos para a nossa vidinha nos Estados Unidos, voltar para a rotina em Orlando. Pegamos o vôo da Tam, de São José do Rio Preto a São Paulo, Congonhas, transferência básica para Guarulhos e Orlando direto. Minha irmã voltou para São Paulo, para o doutorado dela..

Terminamos assim a  nossa viagem de 57 dias no Brasil, quase 2 meses! Florianópolis, Itapema, Bombinhas, Bombas, Porto Belo, Joinville, Foz do Iguaçu, Paraguai, Argentina, São Paulo, Campos do Jordão, Morretes, Antonina, Pontal do Paraná, Ilha do Mel, Curitiba, São José do Rio Preto e Guapiaçu. Foram 18 cidades e 3 países!

Não tivemos nenhum problema durante toda a viagem. O único que tivemos foi que a nossa câmera quebrou no final da viagem.. Era uma Nikon nova, com 4 meses de uso.. já compramos uma nova e vendemos a quebrada no eBay, eles compram de tudo (por isso que não tem muitas fotos de Rio Preto..). Ninguém ficou doente, o Franky não sofreu de insolação (estávamos preocupados..).

Fizemos quase todos os roteiros que tínhamos em mente. O Franky adorou o sul do Brasil, não achava que era tão civilizado. Os estrangeiros em geral, não sabem a diferença entre os países da América Latina, eles nivelam tudo por baixo, ele achava que era que nem o Paraguai.. Adorou a comida brasileira. Da próxima vez vai ser para o nordeste brasileiro, vamos ver se ele sobrevive ao acarajé, vatapá e tapioca..

Viajar no Brasil é muito fácil e barato. Nos EUA seria impossível fazer uma viagem destas. Primeiro porque não tem ônibus entre cidades pequenas, tem que ser tudo de carro. Os campings são em média uns 30 dólares, quase o preço de hotel barato (eles cobram o mesmo preço para barraquinhas pequenas e traillers completos, daqueles gigantescos, não acho nada justo, mas também, ninguém acampa de barraca nos EUA). Acaba compensando pegar os pacotes de 3 ou 4 dias com hotel, passagem aérea e aluguel de carro, bem turístico, que não é a mesma coisa. O que a gente gosta mesmo é ficar mais tempo, se misturar entre o povão e passar apuros.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Passada em Curitiba


(terminal rodoviário de Curitiba)

Chegamos na rodoviária em Curitiba ainda de manhã (vindo do Pontal do Paranaguá, Ilha do Mel). Compramos logo a passagem para São José do Rio Preto para a noite e ficamos o dia todo passeando na cidade (colocamos as nossas coisas em um guarda-volumes na rodoviária).

A idéia era pegarmos uma das jardineiras turísticas (é assim que eles chamam) o ônibus turístico que passa pelos principais pontos de Curitiba em um tour de mais ou menos 2 horas e meia. Eles têm as passagens que são válidas para o dia todo, você pode subir e descer quantas vezes quiser do ônibus e visitar os lugares onde eles tem as paradas.





O problema é que estávamos com o tempo super curto, somente 1 dia, então tivemos que escolher meio que de improviso as paradas. Talvez precisássemos de 1 semana pelo menos para conhecermos tudo. Só o museu precisaria de 1 dia inteiro..


mapa com as paradas do ônibus turístico

Acabamos conhecendo o Bosque Alemão (onde almoçamos por perto, em um buffet maravilhoso). Conhecemos o Parque Tanguá e um outro que não me lembro o nome agora.







Fui diversas vezes para Curitiba, mas nunca tinha feito este passeio do ônibus. Da próxima vez planejaremos com mais tempo. Aliás, eu sempre quis morar uma temporada em Curitiba, nunca acabou dando certo. Sempre que eu estive pela capital do Paraná foi meio de passagem, nunca deu pra conhecer tudo..

Curitiba é uma cidade meio complicada em termos de hospedagem. Os hotéis são, na maioria, caros e antigos. Os hotéis mais em conta são meio feios e talvez não compense muito (além de não serem tão baratos assim).. Por isso penso em morar um tempo lá. Alugar apartamento e tudo mais, como fiz em Porto Alegre por 2 anos.



Era dia 9 de janeiro de 2008, uma sexta-feira. Um dia ensolarado, um pouco quente demais para ser Curitiba. A Rua 24 Horas estava fechada, não descobri o motivo, ouvi falar que estava em reformas..

Paramos para tomar um chopp no Largo da Ordem em um restaurante-bar do estilo alemão. Foi engraçado quando o Franky foi ao banheiro, ensaiando a frase para falar para o garçom: "Onde fica o banheiro?" e o garçom respondeu em alemão que ficava logo ali. O garçom percebeu o sotaque alemão na frase-tentativa em português. O Franky voltou frustrado do banheiro.

Para completar o dia passeamos mais uma vez no Shopping Estação (onde fomos com meus pais antes, na viagem de Morretes).



Pegamos o ônibus na rodoviária e finalmente fomos para São José do Rio Preto descansar da longa jornada.

Ilha do Mel / PR



De Morretes, nós (eu, minha irmã e o Franky) pegamos o ônibus para o Pontal de Paranaguá onde se atravessa para a Ilha do Mel, de barco.

Eu já perdi as contas de quantas vezes eu já fui para a Ilha do Mel. Desta vez, a gente foi na época mais cheia do ano, era dia 2 de janeiro (deste ano, 2009). Quando chegamos lá a placa dizia que estava toda lotada a Ilha e que não tinha mais lugares vagos.


Mesmo com "lotação máxima" ainda é possível atravessar para a Ilha. É só ter paciência. Funciona mais ou menos assim: quando um barco volta da Ilha, cheio de turista, entra um outro. A gente teve que ficar na fila de espera, preencher um formulário, etc. Mas deu certo, nem tivemos que esperar tanto assim..

Em Pontal do Paranaguá, antes de atravessar para a ilha, você tem que decidir se quer ir para Encantadas ou Brasília. Eu particularmente prefiro Encantadas. É mais simples, mais barato e mais interessante. Brasília tem maior infra-estrutura, pousadas mais caras e restaurantes mais sofisticados. Para quem vai acampar, Encantadas é o ideal. Apesar de que Brasília tem camping também. Na Ilha do Mel o que mais tem é camping e pousadinhas, já que o estilo é bem rústico e não tem trânsito de carros (não tem carro nenhum).









 


No barco ficamos sabendo de um camping com vagas. Fomos direto para lá porque tava tudo lotado, o restante.

Ficamos acampados no Camping do Vaguinho. Era a área da casa do Vaguinho e a família dele. O pai dele que tinha indicado, no barco. Fechamos um ótimo preço: 10 reais por pessoa, perto da varanda deles e a gente podia usar o banheiro dentro da casa onde eles moravam, bem limpinho.


A gente usava até o varal deles..


O Vaguinho até assou 2 Parus (peixes da região) para a gente, enrolados na folha de bananeira e tudo. Estava excelente.




Vaguinho preparando os Parus.







Na Ilha do Mel fizemos todos os passeios possíveis por lá (que não são muitos). Fomos para a gruta, farol, Brasília (à pé, pelas pedras), passeio de barco para ver os botos (parecido com golfinho), as ilhas afastadas, etc.











 

 

 


Choveu bastante nestes dias, mas deu pra aproveitar bem. Pousamos 7 noites no camping. Saímos todas as noites no bar da Pousada Paraíso (acho que era isso, não me lembro direito), estava tocando uma banda de MPB muito boa, um pessoa de Curitiba. Tomamos todas as noites a Melancia Atômica (melancia misturada com vodca, leite condensado). Experimentamos o Côco Loco e o Abacaxi Explosivo também, eheh..




Na Ilha do Mel o bom é que dá para ir pra todos os lugares caminhando. Dá para ver o que tá acontecendo nos outros bares, ver quem está tocando, estas coisas.. A gente foi até parar em uma casa-bar da Bruxa, bem "sinistra", com música ao vivo e gente esquisita. Tomamos uma caipirinha super forte lá, que era vodca pura..

Destaque também para a tradicional pousada Bob Pai e Bob Filho, onde a gente conectava todos os dias na internet para checar os emails (2 reais, 15 minutos). Eles têm uma decoração do tipo museu na entrada da pousada, com máquinas fotográficas antigas e várias outras coisas. A pousada é super decente, o pessoal é gente finíssima e eles têm comida e bebida boa (e uns cachorrinhos lindos que seguem o dono para onde ele vai).

Para as comprinhas diárias, a Ilha do Mel tem umas padarias do tipo loja de conveniência com tudo o que você precisa. Preparamos até uma batida de coco com leite condensado e vodca. Até os donos do camping tomaram..

A gente sempre comia nos restaurantes por quilo ou os pratos feitos (opções de carne, frango ou peixe). Simples, bom e barato.










Eu sempre adoro ir para a Ilha do Mel. É um dos lugares que eu mais me sinto à vontade. Minha irmã quer que a gente vá para a Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Disse que é um esquema parecido com a Ilha do Mel. Prometemos que iremos na próxima ida ao Brasil.

Bom, no dia 9 de janeiro a gente pegou o barco de volta para o Pontal e o ônibus para Curitiba (para voltarmos para São José do Rio Preto, na casa dos meus pais). Em Curitiba passamos o dia todo (que merece um post extra, amanhã). A viagem pelo Brasil foi bem longa sim, fomos pra vários lugares.. Mas também, quase 4 anos sem visitar o Brasil dá nisso..

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Morretes e Antonina



De Campos do Jordão fomos para Morretes, no Paraná com meus pais e minha irmã, de carro. 


O plano era encontrarmos um lugar chamado "Cabanas Curupira", que eu tinha visto na internet, uma espécie de pousada rústica, com cabanas. Quando chegamos lá estava tudo cheio. "Tudo" era umas 5 cabanas. E só. E vários pernilongos.. (alguns planos de viagens não funcionam exatamente como gostaríamos..)


Atravessamos toda a Estrada da Graciosa e fomos procurar lugares para ficar na cidade de Morretes. Estávamos no dia 28 de dezembro, época mais cheia do ano. As pousadas eram bem caras, do tipo 400 reais por dia, uma nota preta.


De tanto procurarmos, acabamos encontrando a melhor solução, perfeita para a nossa situação! Um camping, um pouco escondido, bem organizado, daqueles que somente o pessoal local sabe da existência porque não tem placa nenhuma.





A nossa barraca.



A barraca da minha irmã. A gente tinha até teto protetor, que chique!


O camping era do tipo familiar, a dona morava lá mesmo. Uma área enorme, bem cuidada e arborizada do lado do rio principal da cidade. O melhor de tudo é que eles tinham quartos para alugar e camping. Meus pais ficaram no quarto e a gente acampou. E muitíssimo barato! Acho que ficou em 10 reais por barraca e 20 reais o quarto por dia. Pagamos um pouco mais porque a gente queria o café da manhã oferecido por eles.


Entramos no rio que passava pela área do camping. A correnteza era bem forte, perdi 1 chinelo Havaianas que eu tinha acabado de comprar em Florianópolis (minha mãe me deu outro depois). Até o meu pai entrou na água (mas não perdeu o chinelo).


Morretes é bem interessante, mas tem tanto pernilongo.. E é daqueles que "arrancam pedaço", doloridos e que deixam marcas por um bom tempo. A gente vivia banhado de repelente. Mas mesmo assim foi muito boa a viagem.


Comemos quase todos os dias (e noites) o famoso e tradicional Barreado. Comida típica do litoral paranaense. Carne cozida em panela de barro por 24 horas, acompanhado de farinha de mandioca, banana e arroz. Uma delícia. Experimentamos a versão com frutos do mar também, mas a tradicional é melhor.





A idéia era passarmos alguns dias na Ilha do Mel. Fomos passear por lá e ver se a gente encontrava algum lugar para ficar, mas estava tudo lotado, isso era dia 29 de dezembro. Acabamos voltando para Morretes mesmo, estava mais esquematizado. (Ilha do Mel a gente foi depois, sem meus pais, no próximo post).







Fomos fazer o maravilhoso passeio do trem, saindo de Morretes e terminando em Curitiba.  É um passeio inesquecível. Eu já tinha o feito fazia muito tempo atrás. O restante do pessoal não conhecia, adoraram. A vista é impressionante, muito bonita mesmo. Voltamos de ônibus para Morretes, após uma passada pelo Shopping Estação.













No dia 31 de dezembro a gente foi passear de dia em Antonina, a cidade das balas de banana. O centro da minúscula cidade é bem do tipo histórico, com pracinha, algumas barracas vendendo doces naturais e restaurantes com comidas típicas. Compramos bala de gengibre, pacotes e mais pacotes da bala de Antonina (a gente foi lá na própria fábrica comprar), salames, etc.











À noite fizemos um churrasco improvisado no camping mesmo. Bem tranquilo, sem muita bagunca, apesar do camping estar lotado naquela noite. Estava bem quente e tinha vários mosquitos. Inventamos de trazer o ventilador da pousada que deu um jeito nos insetos.


No dia seguinte fomos nos aventurar no bóiacross, atração turística de Morretes. Eu, o Franky e a minha irmã Fabiana. Foram 3 horas e meia de descida pelo mesmo rio que passava pelo camping. Fantástico, adoramos. A bóia ficava girando às vezes, eu fiquei com um pouco de tontura, mas iria novamente, com certeza. É até meio perigoso, o rio não estava tão cheio, é muito fácil bater as costas nas pedras ou coisa do tipo. No EUA isso não seria permitido (tem bóiacross também, mas bem mais sem graça, sem perigo algum. Eles colocam até escadinha para entrar dentro do rio).





No dia 2 de janeiro meus pais voltaram para São José do Rio Preto, levando vários doces e picadas de pernilongos (era borrachudo, na verdade). Eu, minha irmã e o Franky fomos bater pernas na Ilha do Mel.


Obs: às vezes é bem difícil se lembrar de detalhes da viagem do ano passado. Por isso mesmo é que estou escrevendo agora, porque logo não me lembrarei de quase nada. Ainda bem que eu ainda tenho a minha agendinha de viagens 2008 para me guiar..